segunda-feira, abril 20

O Grito aflito da Alma


Na terra que não senti os pés e o caminho é sobremodo elevado, sai da palma das mãos, e, ao lado do rio que tudo completa, a boca do grito que a alma calou.
Lá, vontade constante de entrar no quarto e trancar a porta, e assim, falar ao nós o contar dos segredos mais ocultos e ser achado em braços que encontra e consome o coração com chamas do olhar.


Gritam
olhos
mãos
pés
coração e,
finalmente,
Grita o
corpo inteiro.


O fechar de olhos pelo acender da vela para se ter a convicção da presença ali onde começa um novo. No encontrar a parte essencial que falta faz.
Pelo viver da vida que não descostura, mas numa linha que cessa o pranto, o tremer de frio da falta e o bailar podre, os tais muros, que rodeiam o esconder clamante da face.
Nada de faltas, mas a vela acesa sempre, sem que a cera acabe, assim, o permanecer intacto e unisso dos passos que faz movimento da metamorfose.
Certificar-se no andar escondido do lugar que só o nós conhece e emite convite especial e irrevogável, perpétuo.
Simples lugar para ser e estar, onde procura e encontra à vontade boa, perfeita e agradável. O silêncio que não confunde os passos.
Contar as estrelas na noite e não a crise no invadir abusivo ao espelho-reflexo, dislacerando as mãos e doe cá dentro das entranhas.
O capaz de despir a terra só para alterar o estado de inércia e apatia, também os cortes de braços, a fim de, lutar agora e sempre pelo atuar simples.
No não conseguir falar por ouvir a voz na melodia que racha paredes, porque tais pertubam os sentidos e imploram sutilmente pela continuação do nunca largue.
Escrever do nome sobre todo nome em letras maísculas; lavar a boca com lágrimas que caem, para experimentar a verdade. O toque invocável que num aviso íntimo faz descobrir o nós que pertence.




Querer todo dia tão somente o meu querer
Egoísmo e Fantasia dão o tom do meu Viver
Já Fiz tanto por muitos esperando receber


Uma Moeda, Uma Troca, Procurando me Vender
E O Valor que Eu pedia um pouco mais de Companhia
pra tentar sobreviver no dia a dia


A Cegueira do meu EU me quis tornar um deus
Totalidade de Razão, Absoluta a Emoção... Confusão
E o querer é Sede Ácida que vai matando sem saber


A Vida vai indo pro ralo e a gente pergunta por quê ?
Se há esperança pra um Coração despedaçado
Deixe um recado na Casa do Lago
Onde não há o que Esconder

4 comentários:

Canteiro Pessoal disse...

Oie Parceiro, amigo muito especial Marcus, mais valioso que mil rubis, e que um dia comeremos pipoca temperada ao ver um filme, hum... o ruim vai ser na escolha, pois vou no setor romântico, só para chorar... aiaiaiii... Também, vamos pescar, claro que tu que irás pescar né, euzinha apenas no observar e gritando por causa dos mosquitos. E reclamando; - Cadê o repelente !?!? Brincaremos no Mutirama, oh... coisa boa !
Confesso que ao escrever este texto contigo causou grande paixão e um refletir sem igual, e que há palavras borbulhando em minha caixola, onde estão em desalinho para um psicografar com intencionalidade. Mas, logo vão bailar neste espaço que tanto amo.
A "Letra Eu" liberada por ti, me fez ouvir um grito. Que seria, um clamor; choro e choro. O teu mergulhar no profundo e que tanto aprecio no caráter de alguém, onde provoca em meu íntimo impacto de mudança numa totalidade inexplicável. Também, seu desejo ardente por conhecer aquilo que ninguém conheceu. Ser livre da escravidão no íntimo por dogmas, conceitos, um quebra de paradigmas. Como num conto de Clarice que li a pouco tempo, e lá retrata um rato em sua vida e esse rato era sua escravidão.
Tu me levastes ao "O Grito aflito da Alma", que é silencioso e perceptível, apenas aos melhores ouvidos.
Digo-lhe, todo mudando está mudando, mas estás também, mudando prum caráter que larga os "por quês", mas para os "pra quês".
Suas "Mãos" falam e gritam pelo o que niguém quer, ou quer dizer, despreza.
Creia tão somente, a música do completo faz parte da sua história antes mesmo do teu existir.
O completo é o único silêncio no espaço ao prender de mãos com uma só mão, que é... a dEle ! Portanto, vamos eu e tu, amigos, parceiros, aprendizes, respirarmos demasiadamente fundo, no compormos o trilho até a residência que não se explica. Ficarmos a olhá-lo e depois de muito mais, limitados e ilimitados a sorrirmos intactos.

Deixo-lhe meu carinho e singelo passo no solo do seu "coração" que já faz parte do meu coração.

Beijos milll...

Pri

Por Ele. disse...

É um desabafo de alguém que não mergulhou nEle ou alguém que conheceu o Amor, e não se engana procurando algo menor... Sabe que não satisfaz!

Por Ele. disse...

Pri, eu conheço o conto... Aproveitei o momento e coloquei corajosamente no por Ele! rs

Vai lá, Poetisa do Pai!!!

Pri C. Figueira disse...

O que dizer desse texto, tão profundo, tão intenso, tão forte!
A alma grita e geme por Aquele, somente Aquele que é capaz de satisfazê-la!
Não há lugar onde procurar, sabemos a resposta é Nele que encontramos alívio!

Lindo texto, amoo passar por aqui!

Bjs