domingo, agosto 3

domingo, janeiro 5

e explicando o sentido.


"E Neemias acrescentou: "Podem sair, e comam e bebam do melhor que tiverem, e repartam com os que nada têm preparado. Este dia é consagrado ao nosso Senhor. Não se entristeçam, porque a alegria do Senhor os fortalecerá."

quinta-feira, dezembro 22

Feliz Natal.

Sem presenÇA, abandonamos um menino na noite.

"Com a globalização o problema cresce. As grandes corporações CONCENTRAM imensas importâncias de dinheiro com executivos que GANHAM mais do que podem usar na vida, e logo, grandes setores da população que NÃO tem acesso aos bens da criação que são para TODOS."



Em minha volta ao Parceiros, desejo então, um feliz natal!

domingo, abril 24

[Ele Vive!]



Hoje é domingo de manhã: Ele vive (é por isso que vivo, me movo e existo).

Ya’agob, Thiago


Ele VIVE ! - O luar da primavera lançava uma luminosidade prateada sobre o jardim. Era lua pascoal, clara e cheia; brilhante num céu sem nuvens. As estrelas cintilavam no veludo negro da escuridão do céu, sombras cobriam o jardim. Silêncio no céu e nenhuma harpa soavam. Os ramos rodosos e retorcidos das oliveiras se entrelaçavam, subindo em direção ao céu. As raízes se estendiam do tronco e agarrava-se no solo rochoso. As folhas balançavam ao sabor da brisa. A estrada era íngreme no caminho que conduzia ao jardim do Getsêmani. Lugar de momentos para meditar e orar. Ele o vale atravessou e aproximou-se estranhamente mudo. Mudança nunca dantes vista, semblante triste. No jardim seu corpo cambaleava como se estivesse a cair. No chão um homem ainda jovem. Ajoelhado e suplicando. O abismo era tão largo, tão negro, tão profundo, que seu espírito estremeceu. Cabelo grudado na testa molhado. Roupas empapadas de suor. Sua agonia apegava-se ao solo frio, como a impedir de ser levado para longe do Pai? O Senhor do universo não queria ficar sozinho. O enregalante orvalho da noite lhe cai sobre o corpo curvado, suando sangue e de seus lábios irrompe a amargo brado: “A minha alma está profundamente triste até a morte... Aba Pai, todas as coisas te são possíveis [se é de teu agrado]; afasta de mim este cálice [o cálice amargo da paixão a beber]; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres [mas sim a tua]”. Marcos 14:32 a 36 Na balança oscilava a sorte da humanidade. Ele ainda podia recusar beber o cálice reservado ao homem culpado. Mas, escolheu seu batismo de sangue, pois era à vontade do Pai beber o cálice amargo plenamente resignado, para que por meio dEle, todas as coisas fossem feitas novas, em que milhões de almas perecendo, obtivessem a vida eterna. Foi o “SIM” mais dolorido e sofrido de sua paixão. Havendo tomado a decisão, caiu moribundo no solo do qual se erguera parcialmente. “Aqui sofri mais que em todo o resto da minha paixão, vendo-me abandonado pelo céu e pela terra, carregado de todos os pecados da humanidade...” A cena no Getsêmani é revelativa e profunda. Misteriosa, e que caça o desvendar de segredos, o entrar na cabine telefônica para dialogar numa conversa íntima com o Pai. Esta que é o prenúncio do abrir à porta da eternidade. Batalha já vencida no jardim, pois, ali tomou a decisão; preferiu ‘atravessar o inferno por nós a ir pro céu sem nós’. Só que não há peça a ser encenada; trata-se de um plano divino. Um plano que começou antes de Adão receber o sopro divino, e o céu inteiro aguardavam e observavam, pois, ‘a jornada até a cruz começou muito antes. Enquanto o ruído da mordida da fruta ainda ecoava no paraíso, Jesus partia para o calvário’. Cada passo, calculado. Cada ato, premeditado. Porque o Pai veio ao nosso globo, a fim de nos levar para casa.



LUCADO, Max - Quando os anjos silenciaram

domingo, abril 3

Estamos confiando em Ti.

Perdi hotmail, orkut, facebook, e desde já, entro num processo de desapego e encerro o twitter, o blog Por Ele e também o blog Parceria de Escrita com esse clipe.

sábado, agosto 28

África


Por Desbururu



Oi Mamãe.
Oi Mamãe.
A muito estou acordado,
mas de ti já não sinto o afago.
Acordei recentemente e depois de muito,
percebi que estavas longe,
e eu muito longe de ti.
Seu calor e sua vibração
não chegam a mim.
Em muitos momentos vejo pessoas
que estão em seu leito,
muito parecidas comigo,
possivelmente até parentes
longínquos e extemporâneos.
Fico triste pois seria legal,
ver que possuo uma família,
grande como você é,
e como eu te vejo.
Mas você é muito sofrida,
te machucam muito,
a muito tempo.
Estou impossibilitado
de algo fazer por ti Mamãe,
assim choro e tento lutar
da melhor forma que puder,
da melhor forma que eu conseguir,
do jeito que você sempre ensinou,
para mim e meus irmãos.
Você sabe que não estou sozinho,
sou um entre tantos outros,
milhares e mais,
milhões que aqui tentam buscar carinho,
mas você está longe.
De teu leite eu nunca provei.
De tuas mãos ásperas pela dor,
pelo terror e também pelo rancor,
eu não tive o contato do carinho.
De sua grandiosidade,
eu não cheguei perto do colo.
Sofro Mamãe e estou chorando.
Por que vejo que você também sofre
e chora mais do que todos aqui.
Existem outros também Mamãe,
que estão longe de mim,
mas eu falo com eles,
eles tem se mostrado,
sem tambor mas com rumor.
São também seus filhos.
Ouvi em minha ínfima essência
que temos muito mais irmãos
até muito diferentes do que eu,
do que muitos que aqui estão,
mas eles não me chamam de irmão.
Talvez por fala de consideração,
dizem por falta de comiseração.
Eles sequer me deixam viver
adequadamente como família.
Sem apoio, sem mãos, sem ombros,
totalmente sem corpos unidos,
sem o chamado calor humano.
Mamãe, por que você está tão longe?
Chama-me ao teu encontro.
Por que se o fizer, eu irei.
Mas você não me chama
de novo para o seu seio
por que eu não consigo arrumar
uma forma de ir te ver,
de ter seu calor, de apreciá-la
em todo o seu estonteante amor,
também por que nos ensinastes,
a vencer sem esmorecer.
Mamãe escuta meu chamado,
pois sou mais um filho seu,
sou mais um chamado ser humano.
Sou mais um que veio para cá,
por força de outros sem tato,
gananciosos e degredados.
Sou considerado até diferente,
pois tentam me camuflar em atos,
em palavras por dizer ser
politicamente corretas,
para apagar aquilo dissimulado,
que sempre fizeram e nunca assumiram.
Me chamam de Afro-brasileiro Mamãe,
por que não sabem explicar o por que
de eu estar aqui sequestrado,
tungado, arrebatado, violado,
por preço apresentado acorrentado,
do teu seio, do teu calor, do teu amor.
Estou aqui Mamãe,
Aqui me chamam de tudo
NEGRO, NEGRINHO,
PRETO, PRETINHO,
MULATO, MULATINHO,
e outras coisas que não quero falar,
para não mais te magoar,
mas NEGRO mesmo é a cor de seus corações
pois quando eles se achavam cultos
colocaram seus filhos para trabalharem estruturas forçadas e nojentas.
Mas perderam-se em suas regras,
e acabaram por nos aceitar,
não tanto como deveríamos,
mas agora nos "engolem"nos suportam, e nos observam.
Mas eu estou aqui Mamãe,
pois sei que lhe devo muito,
minha vida, essência, viver,
sou seu fruto e vim de ti.
Amo-te como a minha mãe biológica
Pois tu nos gerastes,
e de ti saíram todos nós,
ditos seres racionais e humanos,
a seu tempo e a cada evolução.
Assim digo, Oi Mamãe.
Amo-te Mamãe África.



Conheça o Projeto Tenho Fome do grupo de Teatro Jeová Nissi. Iniciativa que merece salva de palmas e ajuda de todos, afinal em nossas veias corre este sangue. Um povo sofrido, mas que possui um caráter corajoso e de superação a fazer um ser refletir, e na tomada de metamorfose sobre a vida.



É tempo de olharmos ao nosso redor e na tomada de atitudes.


http://tenhofomeangola.blogspot.com/

terça-feira, junho 15

Eu estou num palco, milhares de olhos em mim






Eu estou esperando sentada, e penso em Angeline
A voz da sua mãe ao meu redor
E os tiros da guerra onde já houve silêncio

No alto de um monte milenar
Eu penso em Albertine
Lá nos seus olhos, o que eu não vejo
com os meus olhos

Ruanda,
Agora que eu já vi
Eu sou responsável
A fé sem atos é morta
E agora que eu te tive em meus próprios braços
Eu não posso deixar você ir

E eu estou num avião
Num lugar distante no mar
Mas eu te carrego em mim
Na areia que ficou nos meus pés


Eu vou contar ao mundo
Vou contar a eles onde eu estive
Eu vou manter minha palavra
Vou contar-lhes, Albertine


Fraser, Brooke